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Pipocando - A menina que roubava livros

Um filme pra chorar. Chorar Muito. Muiitoo mesmo. É o perfeito resumo para “A menina que roubava livros” adaptação do livro de Marcus Zusak. Como é uma adaptação, tem certos detalhes que deveriam ficar de fora.  Mas nada grave. O fato é que: Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ouvir.
Sim, a história tem narração da Morte, meus caros. E começa num trem, quando Liesel (Sophie Nélisse) e seu irmão estavam viajando para a nova família (a mãe era comunista e pra não ver seus filhos serem levados a um campo de concentração, melhor deixá-los para serem criados como nazistas, pois assim estavam mais seguros). O irmão de Liesel morre no trem e precisa ser enterrado ali mesmo, em um cemitério sem funeral digno nem reza. E é ali que a menina encontra seu primeiro livro (que nem sempre foi dela).

Hans (Geoffrey Rush) e Rosa (Emily Watson) Hubermann acolhem a menina, e Hans se mostra um belo pai, desde o início, todo amoroso. Rosa é a típica mãe alemã (moro em uma cidade colonizada por alemãs, então sei como elas agem), durona, chefe de família, tem regras rígidas e inflexíveis. Hans além de ensinar Liesel a ler e escrever, tem um coração aberto ao ponto de desde o começo da Segunda Guerra Mundial até o fim, diz não ao Nazismo e sim à humanidade, acolhendo Max, um judeu, em sua casa.

O filme gira em torno, assim como o livro, de Max, Liesel roubando livros para ler para ele, e Rudy, seu melhor amigo, que insiste desde o primeiro momento, em apenas um beijo dela. Podemos ver a inocência de crianças, e como elas são facilmente convencidas a acreditar no que lhes é mostrado, a menos que elas mesmas sejam o alvo daquela injustiça.
Tanto no livro quanto no filme podemos entender que muitas pessoas ali não simpatizavam com os ideais pregados pelo Nazismo. Mas caso alguém não estivesse a favor, estaria contra, e merecia ser tratado da mesma forma que negros, homossexuais, judeus e qualquer outro que não se encaixasse no padrão germânico e ariano estabelecido. E que homens recrutados à Guerra, são só homens que lutam por interesses de governo e religião, não significa que eles acreditem nisso. São só peões no xadrez.

O ponto fraco do filme são atores que falam inglês, interpretando alemães, na Alemanha, ou seja, falando inglês com sotaque alemão! Mas isso é perdoável. Como adaptação, cumpriu o que o livro passa. E sobre o filme ser extremamente emocionante, não podemos falar que é um dramalhão forçado, pois o livro é extremamente emocionante em vários momentos (é a história de assistir uma adaptação de livro com a cabeça aberta, e não esperando uma cópia fiel). Se vale a pena? SSIIIMM. Com todo o coração, vale muito a pena ver esse filme!

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