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Hora de Ler: Sourdough - Robin Sloan


Olá abiguinhos do Tedio! Tudo bem?

Para quebrar um pouco da monotonia dos meus posts sobre A Roda do Tempo, resolvi escrever uma resenha sobre um livro que o Amanto (vulgo chefinho) me indicou e que acabei lendo inteiro em um dia só: Sourdough, do Robin Sloan (mesmo autor de A Livraria 24h do Sr. Penumbra).

(O livro ainda não recebeu uma tradução para português do Brasil, a sinopse é uma tentativa capenga de tradução, retirada do Goodreads)

Lois Clary, uma engenheira de software de uma empresa de robótica em San Francisco, programa o dia todo e à noite desmaia de cansaço. Quando sua lanchonete favorita fecha as portas, os donos deram a ela o starter de seu pão sourdough de dar água na boca. Lois se torna a heroína improvável, encarregada de cuidar dele, assar pães usando ele e manter sua necessitada colônia de microosganismos viva. Logo ela começa a assar pães diariamente, e os leva ao mercado de agricultores, onde um clube exclusivo e de difícil acesso toca o negócio. Quando Lois descobre outro mercado mais secreto, que almejava fundir comida com tecnologia, um outro mundo se mostra. Mas quem são essas pessoas, exatamente?

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Esse livro é um daqueles tipos de “mídia” que quando você acaba de consumir, tem a certeza de que precisa começar a fazer o que aquela “mídia” mostrava. Por exemplo, uma pessoa assiste Dirty Dancing e decide que quer aprender a dançar; esse livro me deu vontade de fazer esses tais pães sourdough.

A história tem um ritmo muito bom; tem elementos que já havia utilizado em seu livro anterior, A Livraria 24h do Senhor Penumbra: San Francisco como palco, empresas de tecnologia, um grupo de pessoas obscuras, e mais algumas coisas em comum, mas isso não tira o mérito desse livro ter seu universo único.

Além disso, logo após a segunda metade do livro alguns elementos de realismo fantástico começam a aparecer, e deixam a história muito deliciosa; por exemplo, o povo de onde os donos da lanchonete vêm se denominam como ‘os Mazg’; fui obrigado a pesquisar na internet se eles realmente existiam!

Um detalhe que achei interessante: no livro existe um gel comestível que substitui refeições, chamado de Slurry. Ele me lembrou o Soylent, uma bebida à base de soja que visa substituir uma refeição. Eu entendi isso como uma leve ‘cutucada’ quanto a comparação de novidades na indústria alimentar vs. comidas naturais, rústicas ou mesmo fermentadas (o caso do pão sourdough), não somente no caso de nossa saúde. A comida une as pessoas de uma forma ou outra, esse é um fato inegável.


Infelizmente não há tradução para português; espero que ele venha logo! Caso deseje ler em inglês, ele está disponível na Amazon.

Até a próxima, leitores!

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